sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Descrição de Experiência


 Gruta Cristal (coleta de fosséis)
Posso dizer que foi bem gratificante, agora entendo por que muitos dedicam decádas de suas vidas a estudos que para alguns são insignificantes. É até um pouco difícil falar o que senti quando literalmente me "joguei" no chão para fazer a coleta, foi realmente incrível, embora tenha sido um tanto  cansativo, pude notar o quão bom e prazeroso é fazer algo com suas próprias mãos, buscar, pesquisar. Uma experiência inigualável, se fosse para fazer  de novo, eu faria da mesma forma. A nível de conhecimento foi fundamental, pois o aprendizado e a prática devem andar juntos, uma vez que o conhecimento quando adquirido deve ser praticado e aperfeiçoado e isso é possível através de trabalhos como este  realizado na Gruta Cristal.

João e eu, coletando fóssil.

Jéssica Guimarães

Experiências de Aprendizagem

2º Dia 04/12/2010-Gruta Cristal
Visitar a Gruta Cristal e ter a oportunidade de tamanho contado proporcionou reflexões de grande valor. Mais que tocar seus sedimentos (talvez quase nadar..rsrs) consolida aquilo que as vezes conhecimentos, mas não refletimos a profundidade da questão. De que fazemos parte de todo nosso objeto de estudo, no final das contas todos somos poeiras estrelares e que quando buscamos fósseis escavando sedimentos, também estamos buscando nossa história, nosso sentido.  De que nós temos um nível de consciência que nos torna capazes de fazer tal busca e que por isso o ônus da responsabilidade de preservar e respeitar a história da vida na terra cabe a nós. Esse tipo de contato que as aulas de campo proporciona é de uma importância singular para os estudantes como para todas as pessoas dispostas a si permitirem uma nova consciência em relação ao seu lugar no universo. A febre não suprimiu a experiência que foi tão válida!!rsrs
João Leno

Mostra Fotográfica: Visita Técnica aos Museus

Observatório astronômico de Antares

Réplica de Bendegó

Espaço Natureza

Parque com réplicas de dinossauros e pterossauros do brasil

Pterossauro brasileiro

Dinossauro

Observatório

Estromatólito (Museu Geológico da Bahia)

Réplica de um fóssil de mastodonte


Sala do petróleo

réplica de um mastodonte

réplicas de diamantes

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Vídeo didático exemplifica processo de fossilização


Vídeo representa o processo de fossilização, sendo possível identificar algumas fases como: morte, necrólise, soterramento, diagênese, soerguimento das Rochas Fossilíferas. Esse vídeo também foi utilizado durante a intervenção do Projeto Paleontologia nas Escolas.


Fonte:http://www.youtube.com/watch?v=SEDfRy6DQns&feature=related

Fósseis de primeiras plantas terrestres são encontrados na Argentina

O Site BBC Brasil - Ciência & Saúde postou recentemente um estudo publicado na revista científica New Phytologist que mostra achados fósseis das primeiras plantas a migrar da água para a terra firme centenas de milhões de anos atrás encontrados na Argentina. Segue a matéria:

Planta hepática moderna
Plantas hepáticas modernas provavelmente são ancestrais comuns de de todas as plantas terrestres.
A descoberta sugere que a colonização da terra por plantas teria ocorrido dez milhões de anos antes do que os cientistas calculavam - ela teria se iniciado por volta de 472 milhões de anos atrás.
O surgimento de plantas capazes de viver na terra é um dos mais importantes marcos na evolução do planeta.
As plantas terrestres mudaram o clima da Terra, alteraram o solo e permitiram que todas as outras formas de vida celular se desenvolvessem.
O estudo foi publicado na revista científica New Phytologist.
Os fósseis encontrados na Argentina são das chamadas hepáticas, plantas que pertencem à divisão conhecida como Marchantiophyta.
São organismos bastante primitivos, sem caule ou raiz, que teriam evoluído a partir de algas verdes de água doce.
A descoberta, segundo os especialistas, reforça teorias de que as hepáticas sejam as ancestrais de todas as plantas terrestres.
Cinco Variedades
A equipe de cientistas, liderada por Claudia Rubinstein, do Departamento de Paleontologia do Instituto Argentino de Nivología, Glaciología y Ciencias Ambientales (IANIGLA), coletou amostras de sedimentos no rio Capillas, nas Sierras Subandinas e na Bacia Central Andina, no noroeste da Argentina.
Esporos de hepáticas antigas
Os esporos das hepáticas são as plantas mais antigas já encontradas
O grupo dissolveu as amostras em ácidos, tomando cuidado para evitar contaminação por outros materiais.
No sedimento, os cientistas encontraram esporos (unidades reprodutoras das plantas) fossilizados de cinco espécies de hepáticas.
"Esporos de hepáticas são muito simples e são chamados de criptosporos", disse Rubinstein à BBC. "Os criptosporos que descrevemos (no estudo) são os mais antigos até agora."
Criptosporos se assemelham a esporos de plantas modernas, exceto por possuírem um arranjo estrutural pouco comum.
Os exemplares encontrados pela equipe, com idades entre 471 e 473 milhões de anos, pertencem a plantas de cinco espécies.
"Isto mostra que as plantas já tinham começado a se diversificar, o que significa que devem ter colonizado a terra antes do período (em que se originaram) nossas amostras", disse Rubinstein, que fez sua descoberta com a colaboração de cientistas de universidades da Argentina, Bélgica e Espanha.
Os pesquisadores calculam que a colonização tenha ocorrido no início do período Ordoviciano (entre 488 e 472 milhões de anos atrás) ou mesmo no final do período Cambriano (entre 499 e 488 milhões de anos atrás).
Origem
Rochas nas Sierras Subandinas, Argentina
Fósseis foram encontrados nas rochas das Sierras Subandinas, Argentinas
O recorde anterior para a mais antiga planta terrestre já encontrada havia sido estabelecido na Arábia Saudita e República Tcheca, onde foram encontrados criptosporos de hepáticas datando do período entre 463 e 461 milhões de anos atrás.
Os criptosporos da Argentina também oferecem aos cientistas pistas de onde as plantas terrestres teriam surgido.
"Provavelmente, isso aconteceu em Gonduana, como já foi demonstrado em descobertas anteriores, porém muito longe, a pelo menos 5 mil km de distância da Arábia Saudita e República Tcheca, onde traços de outras plantas terrestres antigas foram encontrados", disse Rubinstein.
Gonduana é o continente hipotético que teria existido no hemisfério sul, e que teria incluído a América do Sul, a África, o subcontinente indiano, a Austrália e a Antártida
As plantas terrestres evoluíram de hepáticas para musgos e depois para antocerotas e licopódios.
Mais tarde, surgiram as pteridófitas (grupo a que pertencem as samambaias) e, finalmente, as plantas com sementes.

sábado, 30 de outubro de 2010

EVOLUÇÃO DA VIDA (do Cripitozóico ao Fanerozóico)

Iniciado por volta de 4,5 bilhões de anos da história da terra o Pré-cambriano ou mais apropriadamente, o Criptozóico ("vida escondida") é caracterizado por formas de vidas microscópicas e simples.Por sua vez, é dividido em três éons: 
Hadeano (4,56 a 4,0 bilhões de anos). Características: Fase inicial da terra; marcado por turbulências geomorfológicas: bombardeamento, retrabalhamento da crosta, vulcanismo. Registro paleontológico: apenas alguns cristais de zircão erodidos e depositados na forma de grãos de areia em rochas conglomeráticas do arqueano. 
Arqueano (4,0 - 2,5 bilhões de anos). Características: formação de oceanos e protocontinentes, material grafitoso. Registro paleontológico: primeiros quimiofósseis (compostos orgânicos de origem biológica alterados ao longo do tempo), estromatólitos (estruturas biossedimentares produzidas principalmente por comunidades bentônicas de cianobactérias, através de suas atividades metabólicas), microfósseis procarióticos (registro de comunidades microbianas).  
Proterozóico (2,5 a 545 milhões de anos): Características: Incrementos na fotossíntese, mudanças atmosféricas (atmosfera oxidante, diminuição do Co2, proteção UV); grandes depósitos de ferro, tectônica global avança. Registro paleontológico: Dominância dos estromatólitos, primeiros registros de células eucariontes(2,0 Ma), Aparecimento da fauna de Ediacara (590 Ma) único registro de vida multicelular anterior a explosão cambriana, representando primeira tentativa de evolução entre os organismos multicelulares, primeiros animais macroscópicos e desprovida de partes duras e eram achatados mas suficientemente rígidos para deixar molde e contra-moldes em siltitos e arenitos caracterizado por impressões medusóides. Poucos sobreviveram a transição para o Cambriano.
Reconstrução da fauna de Ediacara. Fonte: http://www2.igc.usp.br/replicas/ediacara-rec.htm

Fanerozóico ("vida visível"): É o éon que abrange os últimos 544 milhões de anos. Corresponde a 15% mais recente do tempo geológico . Divide-se nas eras: Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica. Surgimento de um evento evolutivo importante: capacidade de organismos gerar partes duras mineralizadas-surgimento do esqueleto e diversidade deste. Surgimento da primeira fauna da explosão Cambriana: Tommotiana- grande diversidade, com pequenas conchas, tubos, espículas. Fauna obteve um sucesso passageiro, sendo substituída por animais maiores e mais eficientes na secreção de esqueletos. A fauna de Burggess Shale representa o primeiro florescimento da Explosão cambriana. Representando enorme variedade de formas (estranhas) e espécies e representa muito parentesco com os animais modernos. A extraordinariamente rápida diversificação taxonômica do cambriano é um dos mais extraordinários eventos na história evolutiva. A "Explosão do Cambriano" ocorreu no período entre 543 e 506 milhões de anos, e é assim chamada porque, nesse piscar de olhos geológico, surgiram praticamente todas as linhagens de filos animais hoje existentes. 

Representação da fauna de burgess shale. fonte:http://www.trilobites.info/Burgess.htm

domingo, 12 de setembro de 2010

A importância da paleontologia

A paleontologia, de forma simples e etimológica é o estudo da vida antiga. Busca informações  sobre vários aspectos de organismos do passado, cujo restos e marcas de atividade se encontram preservados nos sedimentos. A paleontologia busca estudar sua origem, seu meio ambiente e evolução. Bem como decifrar o que eles informam sobre o passado orgânico e inorgânico da Terra.
Para o estudo dos animais que habitaram o planeta em tempos remotos não são apenas os seus fósseis que são importantes, mas também as marcas deixadas da sua atividade, ou seja, os rastros, as pegadas e as pistas (icnofósseis). É interessante notar que os estudos envolvidos com a paleontologia fundamenta outros estudos como o da evolução e biodiversidade do passado.   A partir das feições anatômicas um pesquisador pode dizer que tipo de organismo o fóssil representa e também estabelece relações de parentesco, que permite pesquisar sua filogenia e construir árvores filogenéticas que representem essas complexas relações. 
É também através dos fósseis de plantas que é desvendado as mudanças adaptativas que permitiram as plantas dominarem o planeta e como estas modificaram o meio permitindo a existência de outras formas de vida. Tudo isso só foi possível dado aos achados fósseis analisando suas estruturas e as correlacionando ao tempo geológico. Assim, a paleontologia interessa à biologia, pois permite estudar a evolução do seres vivos, podendo solucionar questões relacionadas ao surgimento, atividades e extinção de seres vivos.  E ainda estudando o processo em que determinado organismo foi fossilizado é possível fazer relações de que tipo de clima e ambiente viveu aquele organismo. Todas essas informações permitem não apenas a identificação do organismo, mas a compreensão de todo o sistema ecológico, geológica e climatológica do ambiente desse passado. Assim, os elos são reconstruídos permitindo contemplar a odisséia do fenômeno vida.
Atualmente novos dados se têm adquirido através de novas técnicas como da informática, genética molecular, microscopia eletrônica. A paleontologia é uma ciência a priori interdisciplinar já que interpretar e reconstruir dados de organismos e ambientes pretéritos requer uma gama de conhecimentos de diferentes áreas. A biologia, geologia, geografia, ecologia, bioquímica, estatística são algumas que juntas formam o aparato capaz de esclarecer essa intrigante história da vida na terra. Dessa forma, todos aqueles que buscam o fantástico saber da paleontologia precisam fundamentalmente de uma visão holística do conhecimento e espírito investigativo.